Clínica passa a oferecer tratamentos com células-tronco para pets

Clínica passa a oferecer tratamentos com células-tronco para pets
Imagem de Krista Magulsone por Unsplash

A Dra. Mei, rede de clínicas veterinárias, franquia do Grupo Brasil Pet, passa a disponibilizar aos tutores a mais alta tecnologia para tratamento animal, através da aplicação de células-tronco.

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O projeto tem a parceria com a Bio Cell , empresa com mais de 10 anos de experiência neste tipo de tratamento, e vai possibilitar aos médicos veterinários que atendem nas unidades da capital paulista (SP) o uso da biotecnologia. O projeto será ampliado para outras cidades onde a Dra. Mei tem unidades.

De acordo com Patrícia Malard, médica veterinária da Bio Cell, mestre em clínica e cirurgia, com doutorado em Ciências Genômicas e Biotecnologia, a empresa implantou uma Unidade Avançada na Dra. Mei que permitirá a transferência da tecnologia. “Os veterinários da rede receberão um curso online explicando como funciona o tratamento e como realizar a seleção dos animais que podem ser beneficiados”, garante. Os veterinários da Unidade Avançada terão treinamento online e presencial com supervisão da Bio Cell.

Rodrigo Albuquerque, CEO do Grupo Brasil Pet, afirma que a parceria com a Bio Cell tem muita sinergia com os valores da Dra. Mei. “Estamos dando um passo importante para levar aos nossos clientes e franqueados tratamentos que ofereçam melhor qualidade de vida e prevenção de doenças futuras para o animal”. Atualmente, são 20 unidades Dra. Mei e a estimativa é chegar a 250 clínicas nos próximos 5 anos.

O tratamento, segundo Albuquerque, “será personalizado, conforme o perfil do animal e seu diagnóstico”. “As pessoas fazem de tudo para cuidar do seu pet, que se tornou um membro da família. Nós queremos proporcionar o que há de melhor e de mais moderno a esses tutores e seus animais de estimação.

Desenvolvimento da técnica no Brasil

A utilização de células-tronco para tratar doenças em pets não é recente no país. Segundo a médica veterinária, o Brasil está bastante desenvolvido no que se refere aos estudos e aplicação da terapia celular. “Somos referência no tratamento de algumas doenças para humanos como, por exemplo, a Esclerose Lateral Aminiotrófica (ELA) em que os pesquisadores já estão na última fase do estudo clínico com resultados excelentes”, afirma. “Já na área veterinária podemos nos comparar aos
Estados Unidos e à Europa”.

No início deste ano, a Bio Cell obteve o registro do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) para tratar cães, gatos e equinos. “Isso traz mais segurança para todos”, diz Patrícia. A empresa, que já realizou mais de três mil tratamentos, é a única a ter um laboratório com registro para as três espécies.

Melhor qualidade de vida para os animais

Patrícia explica que a recuperação do animal está relacionada ao tipo de doença. E com a terapia o pet terá uma melhor condição de vida. Ela destaca algumas doenças e os processos de recuperação.

Confira:

  • Úlcera de córnea: o animal recupera mais rapidamente a visão e diminui a
    cicatriz no olho. Normalmente, o tratamento convencional, quando funciona,
    demora mais de 15 dias para cicatrizar. Com as células-tronco, em menos de uma
    semana a úlcera está cicatrizada (80% dos casos).
  • Osteoartrose: diminui a dor do animal e o uso do anti-inflamatório não precisa
    ser realizado, o que faz com que o animal não tenha os efeitos colaterais como
    problemas renais e hepáticos. É muito comum relatos de tutores que o animal
    voltou a brincar e a subir escada.
  • Doença renal: o principal relato é que o animal voltou a ter apetite, ganhou
    peso e está mais alegre. As células-tronco não regeneram o rim, mas promovem
    uma renoproteção.
  • Dermatite atópica: há diminuição da inflamação da pele e do prurido.

A eficácia do tratamento com células-tronco, segundo a médica veterinária, depende da doença e, principalmente, do estágio em que se encontra a enfermidade. “Quanto mais cedo for detectado o problema, melhores serão os resultados. Em úlcera de córnea, por exemplo, a cicatrização ocorre em mais de 80% dos animais tratados”, afirma. As principais doenças tratadas são úlcera de córnea, osteoartrose, doença renal e dermatite atópica.

Patrícia reforça também que a terapia com células-tronco é muito segura para os animais. “Alguns animais podem apresentar febre após o tratamento. Entretanto, assim como qualquer intervenção, este tipo de terapia deve ser realizada apenas com a supervisão de um médico veterinário”, alerta.

O uso de células-troncos não é indicado em todos os casos. “A única restrição que deve ser investigada é a presença de tumores. As células-tronco não causam nenhum tumor, mas para alguns tipos de tumores a terapia pode acelerar o crescimento enquanto que para outros tipos pode inibir a metástase”.

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